sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A CURA DO PARALÍTICO DE CAFARNAUM

A CURA DO PARALÍTICO DE CAFARNAUM


Por Ariovaldo Ramos

Marcos 2:1 a 12
Porque, fé, é crer nas possibilidades que existem, quando vamos à presença de Jesus Cristo. É por isso que o livro de Hebreus diz que, quem se aproxima de Deus precisa crer que Ele existe e que Ele se torna galardoador daqueles que O buscam.
Deus é assim. Quando você leva a Ele um pedaço de madeira quebrada, Ele a devolve inteira, como se esta nunca tivesse tido sequer uma lasquinha, quanto mais uma quebradura.
Deus é assim. Quando você leva a Ele um pavio que está se apagando, Ele o devolve como uma labareda. E uma labareda que incendeia pela eternidade!
Que bom que os amigos daquele moço paralítico sabiam onde levá-lo, como ajudá-lo e se dispuseram a carregá-lo.
Que bom que esses amigos não sonegaram os seus dons... Sim, porque há amigos que se dispõem a ir com a gente até um determinado ponto, mas quando chegam e se deparam com a situação, e se dão conta de que para ajudar o sujeito, mesmo, vão ter que dispor dos seus dons, da sua capacidade, do seu trabalho, do seu sacrifício, eles param.
Aqueles amigos, quando viram a multidão, com gente “saindo pelo ladrão”; tanta gente que não havia nem lugar para sentar, poderiam ter dito para o moço: “É companheiro, vai ficar para a próxima. Todas as portas estão fechadas”, e fechadas por gente, o que é muito pior. Porque quando as portas estão apenas trancadas, sempre se pode derrubá-la. Às portas, às janelas, seja qual for o obstáculo. Mas, quando gente decide atrapalhar, quando gente decide ser o problema, a obstrução do caminho, a obstrução do caminho, daí então, só Deus! Porque, lidar com gente não é fácil... Deus que o diga!
Eles poderiam ter dito ao paralítico: Quando Ele voltar à cidade, a gente chega antes. Quando Ele entrar na casa a gente já vai estar lá.
Que bom que eles não pensavam assim. Que bom que eles dispuseram seus dons, seus talentos, seus recursos para ajudar o amigo. Que bom que eles se dispuseram ao sacrifício, que bom que eles disseram: “Já que não tem uma porta aberta, vamos fazer uma. E vamos fazer no teto, porque o único jeito de fazer porta fácil é no teto”. É só arrancar a cobertura, e naquele tempo nem telha era.
Você é um amigo assim? Disposto a abrir portas onde elas não existem? Você é um amigo assim? Pronto a dar do que você sabe, e tem, para criar portas? Afinal, há tanta gente que só precisa de uma porta aberta...
Você é assim? E Você tem amigos assim? Que bom que os amigos daquele moço eram do tipo que abriam portas. E que garatoda boa, eficiente! Um teve a idéia, outro já foi providenciar a corda, um terceiro ficou lá com ele dizendo: “Calma que nós estamos dando um jeito. Você vai chegar lá!”
Aí, o mais magrinho deles deve ter subido ao telhado, por causa da fragilidade do teto. E os outros, sempre trabalhando em equipe e com a mesma motivação, conseguiram prendê-lo bem, içá-lo, depois, com todo o cuidado, descer o leito na presença de Jesus.
Que bom que eles colocaram os seus talentos, seus dons, seus recursos, em favor daquele amigo necessitado!
Você sabia que Deus nos dá dons, talentos e recursos para isto? Há tanta gente necessitada... É por isso que você tem tantos dons! Não sei porque “cargas d’água”, Deus resolveu fazer com que eu e você, de vez em quando, tivéssemos um experiência como a dEle. É como se Ele dissesse: “Eu vou lhe dar uma grande oportunidade. Eu vou fazer você experimentar a alegria que Eu experimento. Eu vou deixar você fazer o papel de Deus para alguém. Eu vou lhe dar tantos recursos, que quando as pessoas baterem à sua porta, você vai poder fazer como Eu. Você vai poder abençoá-las, e aí vai descobrir o que Eu sinto quando abençôo você. Vai descobrir o que é que motiva o meu coração a abençoá-lo. Vai descobrir a alegria de agir como Eu. Vou lhe dar uma oportunidade de agir como Deus na vida de alguém. Mas não o Deus judicial que você gostaria de ser, não. Essa qualidade pode deixar comigo, que sou misericordioso e sei como fazê-lo. Como você não o é, melhor isto você não experimentar.
Mas, que coisa chata! É justamente isso que a gente quer experimentar o tempo todo! Essa capacidade divina de fazer cair logo do céu e dizimar os nossos adversários. Este é o poder que a gente quer experimentar todos os dias – a capacidade divina de julgar, de dizer: culpado! É desse poder que a gente gosta. Mas aí Deus diz: “Não. Não vou deixar! Você não tem a misericórdia que Eu tenho e quem não conhece a misericórdia, jamais conhecerá a justiça, porque não há justiça onde não há misericórdia. Não há justiça onde não há amor. Não há justiça onde não há perdão. Então, deixe isto comigo. Mas Eu vou te dar uma outra chance. A chance de ser abençoador. Você vai experimentar o que eu experimento!” Que bom que os amigos desse moço agiram como se soubesse disso; como se aquele obstáculo fosse a grande oportunidade que tinham de experimentar, ainda que um pouquinho, o que significa ser um Deus abençoador. E aquele grupo de amigos levou o moço à presença de Jesus. Ora, na presença de Jesus, tudo é festa! Quem precisa ser perdoado, o será; quem precisa ser curado, o será. Jesus reagiu à fé do moço e dos seus amigos. Fé é assim, arregaça as mangas. Quem crê, arregaça as mangas. Quem crê que é possível transformar uma vida, vai ao encontro da vida. Por isso Tiago diz que fé tem que ter obras, senão, é morta. E Jesus viu a fé desses meninos e disse para o moço: “Filho, perdoados estão os teus pecados!” As pessoas ficaram bravas... Muita gente fica brava quando há perdão. Há uma grande disposição nos seres humanos de condenar, de acusar, de exterminar, de matar. Há quem ache que perdão sempre, é demais. E Jesus o perdoou... Porque é assim... As vezes a luta do nosso amigo só vai ser vencida se ele for perdoado. E o perdão cura!
Há alguém precisando de seu perdão? Perdoe para que ele possa andar de novo.
Há alguém a quem você precisa pedir perdão? Então, se apresse em pedi-lo para que você possa andar de novo. Jesus pega nossa maior fraqueza e a transforma no nosso maior troféu...
A cama era a marca da derrota daquele homem. Quem é o sujeito? É aquele que não sai da cama. Ele não tem alternativas, só pode ficar sobre a cama, e agora, depois do encontro com Jesus, quem é o sujeito? É aquele que carrega sua cama! Antes, ele era carregado sobre ela, agora ele é quem a carrega porque Jesus Cristo age assim. Ele pega sua maior fraqueza e a transforma no seu maior troféu.
Eu não canso de contar a história de um amigo do “Jovens da Verdade” que foi ladrão. Ele tinha diversas passagens pela prisão e um dia teve um encontro com Jesus, se converteu. Ele tornou-se uma das pessoas mais honestas que conheço. Você poderia entregar o que tivesse de mais valioso em suas mãos que estaria seguro. A sua fraqueza tornou-se o seu maior troféu!
Vale a pena acreditar nas possibilidades que as pessoas têm quando são colocadas na presença de Jesus Cristo. Gosto de pensar que esses amigos representam a Igreja de Jesus Cristo. Porque Ele a fundou para ser uma nação de amigos. Uma nação de gente que se carrega mutuamente.
Jesus Cristo não fundou sua Igreja para ter uma nação de juizes. Jesus Cristo fundou sua Igreja para ter uma nação de sacerdotes. E o sacerdote é, antes de tudo, um amigo. Ninguém pode ser sacerdote se, antes, não for um amigo.
É lamentável ver que, nos nossos dias, muitos que se chamam (ou são chamados) de “sacerdotes” são tudo, menos, amigos. São tudo, menos gente com quem se pode contar. É impossível alguém ser sacerdote se, antes, não for aquele que carrega, aquele que leva o outro a ser perdoado.
A Igreja de Jesus Cristo tem esse chamado: a amizade. Sua esposa sabe que casou com um amigo? Seu esposo sabe que casou com uma amiga? Seu filho sabe que tem um pai que é amigo, uma mãe que é amiga? Seu pai sabe que tem um filho que é amigo, uma filha que é amiga, com quem ele sempre pode contar e que sempre vai ser as coisas de um lado positivo, e sempre vai ser um estímulo?
O sonho de Deus é ter um mundo de amigos. O sonho de Jesus Cristo é ter uma Igreja de amigos. Que o meu sonho e seu sonho seja ser o de “ser amigo”, porque há coisas que a gente não faz sem amigos. Há lugares que a gente não vai sem amigos, há coisas que a gente não alcança sem amigos. O sonho de Deus é uma Igreja de amigos, um mundo de amigos...
Eu queria desafiá-lo a buscar ser amigo de alguém; queria desafiar você que está sozinho, a pedir amigos à Deus; queria desafiá-lo a abrir o seu coração e a colocar os seus dons à disposição dos amigos. Queria desafiar você a ser alguém que se dispõe a ser amigo; que pede ajuda aos amigos; que pede ajuda, não que, explora, os amigos.
Um “mundo de amigos”, é isso o que a Igreja de Jesus Cristo tem de ser, foi isso que Jesus Cristo veio construir na Sua cruz e na Sua ressurreição: trazer aos homens à paz e à amizade nEle.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

CULTIVE ESSA AMIZADE

Cultive essa Amizade
por Ariovaldo Ramos
João 20:1 a 18

Você já esteve numa situação em que não consegue entender o que está acontecendo, e tudo à volta não faz sentido?Penso que era assim que Maria estava se sentindo. Ela fora embalsamar o corpo de Jesus e encontrou o túmulo vazio, concluiu que o haviam roubado, pois, nada mais fazia-lhe sentido.Você já esteve numa situação em que não consegue enxergar nada e, depois que a coisa passa, percebe que tudo estava na “cara”?Dois anjos apareceram para Maria e, depois, o Senhor, e ela não os reconheceu. Ela fora buscar um corpo a ser embalsamado, não estava pronta para encontrar um Deus para ser adorado. Foi derrotada por sua expectativa.Acho que é assim, a gente fica tão preso na crise que não consegue ver nada que a contradiga; e, aí pode, a exemplo de Maria, vir a chorar diante de algo que nos devia fazer vibrar. Ela não viu a ressurreição por pensar que a morte era a última palavra.Salvou-a o fato de Jesus (que ela pensava ser o jardineiro) tê-la chamado pelo nome, pois, ao invés de se espantar que um desconhecido soubesse seu nome (o que seria lógico), reconheceu o Mestre.Certamente, não por ouvir seu nome, mas, pela forma como fora dito, só Jesus o pronunciava daquela forma. Sua comunhão com Jesus a salvou de ser derrotada pela aparente crise.Só a comunhão com Cristo pode levar-nos a reconhecê-lo em meio a crise. Só o Senhor pode conduzir-nos para além do limite que equivocadas expectativas impõem, e salvar-nos de sermos derrotados pela crise. Cultive essa amizade; ela o fará ver tudo a partir da ressurreição.

CONTAR COM CRISTO E COMEÇAR DE NOVO

CONTAR COM CRISTO E COMEÇAR DE NOVO


Por Ariovaldo Ramos


“Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa.
E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento.
Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre.
Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher?
Entrei em tua casa, e não me deste água par aos pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés.
Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.” (Lucas 7:37 a 48)
A mulher foi a Cristo para pedir-lhe perdão. Foi contundente em sua declaração de arrependimento; parece que viu em Cristo uma possibilidade de começar de novo.
Você já pensou nisso: começar de novo? Não seria maravilhoso?
Essa é uma das coisas que mais me admira no relacionamento com Jesus, a possibilidade de recomeçar a vida. Nem sempre significa mudança das circunstâncias externas, porém, sempre significa mudança das circunstâncias internas.
O mundo à volta da gente pode não mudar um milímetro, mas, a gente muda quilômetros. Ele nos limpa! O mundo pode continuar em crise, mas a crise não continua mais na gente. O mar pode continuar bravio, porém, a gente passa a andar por sobre o mar. A vida da gente fica mais importante que a crise e a gente tira a crise de “letra”.
Do que será que aquela moça estava pedindo perdão? A reação de Simão parece indicar que a menina não gozava de boa reputação.
Você, se estivesse no lugar dela, do que pediria perdão a Jesus Cristo?
Eu gostaria de sugerir que você pedisse perdão ao Senhor pelo mesmo motivo que ela. Não precisa se ofender! Eu penso que a moça, com aquele gesto estava dizendo a Jesus: “Olha o que eu deixei que a vida fizesse de mim e comigo. Me perdoa, me dá um novo começo.”
É assim mesmo: a gente vai vivendo displicentemente e, sem se dar conta de nossa maldade inata, que, muitas vezes, manifesta-se de maneira sutil, vai deixando a roda da vida nos esmagar. Um dia, a gente se levanta sem coragem de olhar-se no espelho: não nos agüentamos mais, temos vergonha daquilo que nos tornamos – subestimamos nossa fragilidade frente ao mal, assim como, nossa tendência para o mesmo.
A gente acumula preconceitos, teimosias, raivas, manias, mágoas, soberba, amargura, baixa auto-estima, orgulhos, vaidades, mentiras, frustrações, desesperanças, enganos, remorsos, depressões, vícios, inimizades e tantas outras manifestações da maldade...
E agora? Ora, faça como a moça! Vá a Jesus Cristo; ele tem perdão para oferecer: perdão que esquece e que instaura a vida, que desperta amor, que gera um novo começo.
Aproveite, Deus está numa campanha de fazer surgir no ser humano o amor que nasce do perdão recebido – é tempo da graça.
Ah! Você não tem essa crise? É só uma questão de tempo ou de consciência. Aliás, espero que aconteça antes que seja tarde demais, porque a campanha tem tempo limitado.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

UTOPIA CRISTÃ

UTOPIA CRISTÃ

Cada cristão como Cristo,
Cada Igreja como a Trindade,
Cada Sociedade como o Reino de Deus,
Cada Pessoa tendo oportunidade de entrar no Reino,
O Planeta como um Jardim.
Ariovaldo Ramos

terça-feira, 28 de agosto de 2007

RETRATO DE UMA COMUNIDADE

Romanos 16.1-16

Irmãos que texto maravilhoso e lindo de ler num dia como esse, com tantos nomes que o apóstolo Paulo coloca em sua lista de saudações pessoais.

Uma carta de uma profundidade teológica singular, em alguns momentos chamada de carta de Paulo, ou o Evangelho segundo Paulo. Temos os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, e temos o Evangelho de Paulo, que é a carta aos Romanos.

Texto de difícil compreensão. Uma carta profunda em termos de filosofia, teologia.
Uma carta que faz um resgate histórico da história da salvação, mas que termina de maneira tão singela, tão simples.

E de minha parte ao ler esse texto, mais de uma vez, termina de maneira tão afetiva, tão comovente. Retratando a igreja de Jesus Cristo.

Quem é que está aqui presente nesta igreja de Jesus Cristo?

PESSOAS QUE TRABALHAM POR GENTE QUE NEM CONHECEMOS.
PESSOAS QUE TRABALHAM POR NÓS.
PESSOAS QUE SIMPLESMENTE TRABALHAM;
E PESSOAS QUE TRABALHARAM MUITO, E JÁ NÃO TRABALHAM MAIS.

Paulo escreveu esta carta estando em Corinto e a cidade de Cencréia ficava próxima de Corinto, e muito provavelmente essa nossa irmã Febe, diaconisa da igreja de Cencréia é a portadora da carta, ela leva em mãos essa carta de Paulo.

E ele fala a respeito de Febe, que tem sido de grande auxílio para muita gente. Os irmãos de Roma estão conhecendo Febe, naquele exato momento. E Paulo está dizendo esta irmã trabalhou muito, pra gente que vocês nem sabem que existe.

Mas depois o Paulo fala no capítulo 16 no v.6: “Saúdem Maria que trabalhou arduamente por vocês...”

Febe trabalhou por gente que vocês nem conhecem, mas Maria trabalhou por vocês. Gente que nos serviu, direta e pessoalmente.

Depois ele fala no v.12 de Trifena e Trifosa, mulheres que trabalham arduamente no Senhor. Trabalham. Gente que com licença da expressão – “é pau pra toda obra” – sempre disponível, sempre com espírito voluntário, virando a noite – Trifena e Trifosa.

E Paulo fala também de Pérside, no v.12 que trabalhou muito, e já não trabalha mais.

Gente que construiu a comunidade, e que hoje já não tem quase voz na comunidade. Gente que colocou os primeiros tijolos, comprou os primeiros bancos. Gente que cantou os primeiros hinos. Gente que trabalhou muito. E alguns hoje ouvem, e pensam o que é que esses meninos estão fazendo dessa igreja.

Aí está Pérside, aí está Febe, Trifena e Trifos, Maria, gente que trabalha e que trabalhou.

Meu pastor sempre disse que crente que trabalha, não dá trabalho.

A igreja tem gente assim: Que trabalha, não dá trabalho, e trabalha, pára, pelos e por causa dos que dão trabalho.

Essa gente não dá trabalho, trabalha. E cuida de quem dá trabalho. Essa gente está aí, no meio da igreja, no dia a dia da igreja.

QUEM MAIS ESTÁ NA IGREJA?

Áquila e Priscila.

“Que arriscaram a vida por mim...”v.4

Está na igreja também Urbano v.9, é um cooperador. E estão na igreja também, Andrônico e Júnias que estiveram na prisão comigo.

NA IGREJA TEM GENTE QUE SE SACRIFICA POR OUTRAS PESSOAS.
NA IGREJA TEM GENTE QUE SE SOLIDARIZA COM OUTRAS PESSOAS;
E NA IGREJA TEM GENTE QUE COOPERA COM OUTRAS PESSOAS.
NA IGREJA TEM GENTE QUE NÃO SE SACRIFICA JAMAIS!
MAS TEM GENTE QUE ARRISCA A VIDA.
TEM GENTE QUE NÃO SAI DA SUA ZONA DE CONFORTO.
MAS TEM GENTE QUE VAI PRA PRISÃO, FICAR COM O APÓSTOLO PRESO.
TEM GENTE QUE NÃO SE MEXE;
E TEM GENTE QUE CO-OPERA.
TEM GENTE EGOÍSTA, EGOCÊNTRICA;
E TEM GENTE QUE SE AGRUPA, PARA TRABALHAR EM COMUM.

Andrônico e Júnias, Urbano, Áquila e Priscila.

QUEM MAIS TEM NA IGREJA?
Tem Epêneto. Cap. 16 o v.5.

“Saúdem o meu amado Epêneto, que foi o primeiro convertido a Cristo
na província da Ásia...”
Tem gente que viu a igreja nascer. Tem gente que na verdade foi, o próprio fruto do parto que deu origem a igreja.

Quando agente lê a história da igreja, agente lê os primeiros frutos da igreja. Nossos irmãos que foram os primeiros convertidos. Gente como Epêneto, que viu a igreja nascer.

E gente como Andrônico e Júnias cap. 16 v7.

Pessoas que estavam em Cristo antes de mim. E eu aqui mesmo nessa igreja, tem gente que estava em Cristo antes de eu estar em Cristo, e gente que estava em Cristo antes mesmo de eu vir a existir.
Tem gente que anda com Jesus mais tempo do que o tempo que eu tenho de vida. Essa gente está na igreja. Gente que quando nós chegamos com a nossa prepotência, com a nossa arrogância, com a nossa pretensa sapiência, já sabia muito mais. Já tinha feito muito mais.

Gente que acreditou antes de nós. Gente que deu os fundamentos, que preservou a palavra. Gente que preservou a comunidade.

E a igreja vai sobreviver a nós.

Ela existia antes de nós, e vai continuar existindo depois de nós.

A igreja tem gente assim, que viu ela nascer. E eu espero que não exista na igreja do Bandeirantes, alguém que a veja morrer. Tenha gente que a viu nascer, mas não tenha gente que veja morrer.

QUEM MAIS ESTÁ NA IGREJA?

Andrônico e Júnias, meus parentes... Cap.16 v.7.

Andrônico e Júnias meus parentes... pessoas que estão ligadas por laços de família. Como por exemplo no capítulo 16 v.11 – Erodião, meu parente.

Gente ligada por laços de família, como por exemplo no v. 15 , Nereu e sua irmã.

Na igreja tem famílias inteiras, v.10 – “Saúdem os que pertencem a casa de Aristóbulo”... é a casa toda na igreja.

Mas tem também algumas famílias que estão aos pedaços. Partes da família 16.11- “Saúdem os da casa de Narciso que estão no Senhor ...” Porque há alguns da casa de Narciso que ainda não estão no Senhor... mas estarão no Senhor.
E a igreja é assim.

Você fala de um, pro outro, e não sabe que o um de quem você está falando é cunhado do outro, pra quem você está falando.

Casou com a minha prima. Ah! É minha irmã... Sua irmã! Não sabia.

É... então você cuidado com que fala e com quem fala.

Tá falando de um sujeito que é filho dele, que é mãe dele.

Então tome cuidado, porque a igreja tem os seus vínculos de família.

Tem famílias inteiras que compõe uma comunidade.

Tem pessoas que estão aqui na igreja, e só parte de sua família está.

O marido ainda não veio, os filhos já estiveram e não estão mais.

Os filhos nunca vieram. Há pessoas que se converteram, mas os seus pais ainda não se converteram.

São os da casa de Narciso que estão no Senhor.

Agora pro meu coração especialmente.

O trecho mais lindo é o 16.13. “Saúdem Rufo, eleito no Senhor e sua mãe, que tem sido mãe também para mim.”

NA IGREJA NÓS ENCONTRAMOS GENTE QUE SE TORNA SANGUE DO NOSSO SANGUE. GENTE QUE AGENTE RECEBE NA VIDA COMO SE FOSSE DA MESMA FAMÍLIA.

Por isso que a Bíblia diz que “há amigos mais chegados que um irmão”.

Algumas mães que são mais próximas dos que as verdadeiras mães. Alguns pais que são mais próximos do que os verdadeiros pais. Alguns irmãos que são mais próximos do que os verdadeiros irmãos.

Na igreja agente encontra isso. Aqui nessa igreja eu quero encontrar gente assim. Que me receberá como filho e me receberá como irmão.

Gente cuja casa é minha casa. E gente pra quem a minha casa é sua casa.

Pessoas que cuidam e cuidarão dos meus filhos como se fossem seus. E filhos que eu cuido como se fossem meus.

A IGREJA É ASSIM.

Na igreja nós encontramos gente que tem sido mãe também para mim, pai também para mim, irmão também para mim.

Pessoas que estão ligados por laços de família, famílias inteiras, partes de família e pessoas que se tornam como da nossa própria família.

QUEM MAIS ESTÁ NA IGREJA?

Gente boa! Gente de reputação! Qualificada.

“Saúdem a Peles, aprovado em Cristo v.10”

Andrônico e Júnias notáveis entre os apóstolos...

Mas nos v.14 e 15 , também saúdem Azínclito, Flegonte, Hermes, Pátobras, Hermas e os irmãos que estão com eles.

Alguns irmãos eu não conheço, mas se são irmãos que estão com Hermas e Flegonte, também são meus irmãos.

Saúdem Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã e também Olimpas e todos os santos que estão com eles.

São santos que eu não conheço, mas se estão com Filólogo, com Júlia, Nereu e sua irmã, também são santos pra mim.

Há pessoas cuja biografia é tão sublime que Cristo bate o carimbo

Tem gente que os apóstolos autenticam.

E tem gente, que agente não conhece, mas gente que agente conhece, conhece.

Tem pessoas cuja reputação é testemunhada por Cristo.
Pessoas cuja reputação é testemunhada pelos apóstolos e pessoas cuja reputação é testemunhada pelos irmãos. Esta é a igreja.

Quem é o fulano?
Não conheço.
Mas eu conheço , é nosso irmão.
Bom, então é nosso irmão.

Evidentemente que a igreja é composta de gente de má reputação.
Que Cristo não aprova. Os apóstolos não aprovam. E os irmãos não recomendam.
Essa é a igreja!

Mas a igreja, tem gente que Cristo aprova. Os apóstolos aprovam. E os irmãos recomendam.

E a igreja meus irmãos, tem pessoas que simplesmente são nossos irmãos.

A igreja tem Ampliato, meu amado irmão no Senhor.

A igreja tem Estaques, meu amado irmão no Senhor.

Paulo não fala de nada. Fala simplesmente é meu irmão.

A igreja também é assim.

Tem gente a respeito de quem agente não tem nada pra falar. Tudo o que agente sabe, é que é nosso irmão. É filho de quem? Agente não sabe, não conhece os pais. Está aqui há quanto tempo? Agente não sabe, não lembra quando chegou.
É da família de quem? Agente não sabe. Trabalhou e fez o quê? Agente não sabe.
É de boa reputação, ou de má reputação? Agente não sabe.

O que é que agente sabe?

Só sabe que é nosso irmão. Por quê? Porque ta aqui.

Agora, me parece que esse retrato que o apóstolo Paulo no dá, dessa igreja, fala de níveis de relacionamentos, níveis de comprometimento e níveis de vivência cristã.

A igreja tem gente que vai sobreviver, e vai fazer a igreja sobreviver.

A igreja tem gente que se dependesse dela, a igreja morreria.

Mas tem gente que se dependesse dela, a igreja cresceria.

A igreja tem gente, que agente mal conhece.

E a igreja, tem gente que agente conhece e se torna sangue do nosso sangue.

A igreja tem gente de reputação, de caráter, de integridade aprovada e a igreja tem gente chegando, gente crescendo, gente mudando, gente sendo transformada.

A igreja de Jesus é assim.

O que esse texto me mostra é que a igreja de Jesus não é um bloco.

Nós não temos todos a mesma maturidade.

Não temos todos o mesmo compromisso com o evangelho.

Não temos todos o mesmo vínculo com a comunidade.

Não temos todos a mesma história.

Não temos todos os mesmos laços de afeto, de intimidade de amizade.

Eu não tenho nenhuma dificuldade em dizer o seguinte:

Há pessoas que aqui em nossa igreja ainda não tenho nada pra testemunhar.

Há pessoas que vejo, mas não sei quem são.

Há pessoas que são meus irmãos. Somente meus irmãos.

Nunca foram na minha casa, eu nunca fui a sua casa.

Algumas pessoas nós ensaiamos a proximidade.

Passa lá pastor, será um prazer.

Eu digo: Passe lá também. Só que esse lá agente não sabe nem aonde, nem a hora, nem pra quê e nem por quê.

É que agente se despede ou se cumprimenta rapidinho, e aí passa lá.

Tem gente que trabalha muito, e faz coisa que eu nem sei.

Tem gente que intercede de madrugada, anonimamente.

E eu experimento livramento e eu nem sei qual foi a oração respondida que me abençoou naquele dia.

A igreja é assim. Nós precisamos aprender a viver em comunidade.

Viver em Comunidade e andando nessa direção, da densidade do compromisso com o evangelho, da densidade como do compromisso com a comunidade, da densidade dos vínculos entre nós...

Mas não será possível, numa igreja como esta. E eu acredito inclusive não é desejável na Igreja de Jesus Cristo, que nós nos conheçamos a todos, sejamos íntimos de todos, testemunhando tudo, a respeito de todos. Saibamos tudo a respeito de todos. Acompanhamos o trabalho de todos. Cooperemos com todos. Sirvamos a todos. Sejamos servidos por todos.

Se fossemos um Pequeno Grupo, já seria difícil. O que dirá um universo nessa proporção.

Mas isso é a igreja.

Gente que agente não conhece. Gente que faz o que agente não sabe. Gente cuja qualidade agente desconfia.

Mas tem uma coisa que faz de nós comunidade.

É que todos nós somos irmãos.

E que todos os que estão a nossa volta, merecem, são dignos , devem receber um beijo santo.

É isso que o apóstolo Paulo vai dizer pra nós.

Somos diferentes, de origens diferentes, com vínculos diferentes, com maturidades diferentes, com serviços diferentes, freqüentamos casas diferentes.

Somos todos diferentes.

É tudo uma grande diversidade, com núcleos de unidade, mas quando cruzamos no corredor, olhamos uns para os outros e falamos o seguinte: “Olha: Eu posso não saber o seu nome, não sei onde você mora, o que você faz, que vida você tem...

Mas se nós estamos unidos em Cristo Jesus, eu quero lhe dar um beijo santo.

O que quer dizer isso?

Quer dizer afetividade. E quer dizer integridade.

A igreja é o lugar onde não importa quem chegue.

Não importa quem entre. Não importa quem seja. Merece um beijo.

Sabe o que é beijo?

É colocar o lábio, a boca, na face do outro.

É uma face outra cor. É uma face desconhecida. É uma face sem nome. É uma face suada. É uma face com ruge, com blouche, com pó. É uma face com a barba mal feita.

Sabe o que é você colocar a boca na cara do outro?

Dar a cara pro outro colocar a boca?

Sabe o que é um beijo?

É colocar a sua parte íntima, de pureza. E por onde entra tudo o que é tranqueira.

E aí você coloca na cara do outro, que você não sabe quem é.

O que é isso?

É que você não é outro. Você é uma extensão de mim mesmo. Seu corpo, não é outro corpo. Seu corpo não me contamina. Seu corpo não me suja.

Eu não sei que trabalho que você faz. Que família você tem. Quanto tempo você é convertido. De onde você veio.

Mas se você é meu irmão. Se tem alguém que diz: “Esse aqui é nosso irmão”. Então eu beijo você com um beijo santo. É afeto. É carinho. É toque. É acolhimento. É abraço. ISSO É IGREJA.

Agora é santo.

É sem malícia. É sem segundas intenções. Sem interesses escusos. Sem dubiedade. Sem usurpação. Sem invasão. Sem abuso.

Nós não tratamos uns aos outros dependendo da utilidade que eles tem pra nós.

Do ganho que temos em beijá-los.

E sabe irmãos, que nós nem nos tratamos uns aos outros pelo quanto gostamos de beijar. Nós simplesmente beijamos, com beijo santo.

Porque o que nos une é o Senhor.

Nós não somos unidos pela nossa história. Não somos unidos pelo nosso trabalho, não somos unidos pela nossa maturidade, não somos unidos pela importância que temos na comunidade. Não somos unidos pelo nosso sobrenome. Não somos unidos pelos laços de família.

Não somos unidos pelos nossos antepassados que legaram a nós uma comunidade, eu tenho mais direitos do que vocês...

Nós somos unidos pelo Senhor.

E não importa quem sejamos. De onde viemos. O que fazemos.

Se estamos em Cristo Jesus, nos tratemos todos como AMADOS IRMÃOS.
E A TODOS DEMOS UM BEIJO SANTO, PORQUE ESTÁ É A IGREJA.

Mas este irmão é carnal! Dê nele um beijo Santo.

Esse sujeito aqui, eu não conheço, nunca vi ! Dê nele um beijo santo.

Isto é Igreja.

Nós vamos nos achegando e eu faço algumas visitas e chego numa casa, onde nunca fui, sou apresentado pra gente que nunca vi. Como numa tigela, numa colher, um doce que foi feito só porque souberam que eu ia lá.

Isso é Igreja.

Parece que nós estamos juntos a muito tempo.

E na verdade meus queridos, nós estamos.

Porque a Bíblia diz que “Deus nos escolheu em Cristo Jesus antes da fundação do mundo”.

Aquele que chegou aqui na igreja a um mês, e aquele que está aqui há dezesseis anos, são um em Cristo Jesus, desde a eternidade.

O nosso grande desafio é agente conseguir historificar, essa experiência. De dizer: Eu e você somos um. E eu quero dar em você um beijo santo.

Não sei o que você faz. Não sei direito quem você é. Não sei direito nem mesmo o seu nome. Se você é casado ou se tem filhos. Não sei há quanto tempo você se converteu, e quão sério você leva Jesus em sua vida. Não sei que compromisso você tem com essa comunidade. Mas nós somos um em Cristo Jesus, então você é objeto do meu afeto e do meu beijo. E você é digno da minha integridade e do meu respeito. Porque nós somos um em Cristo Jesus.

Eu louvo a Deus porque aqui na IBAND nós temos muitas Febes, Marias, Trifenas e Trifosas, Pérsides. Temos Áquilas e Priscilas, Andrônicos e Júnias. Temos Urbanos, Epênetos. Temos Herodiões, Aristóbulos. Temos Narcisos. Temos Rufos. Temos as mães de Rufo, também aqui entre nós. Temos Apeles. Temos Filólogos, Hermas, Pástobras, Júlias, Nereus e Olimpas. Temos Asíncritos. Temos Flegontes. Temos Hermes. Temos Amplíatos e Temos Estaques.

E eu não sei como tem mãe que não sabe que nome por no filho.

A igreja é assim.

A igreja é essa mistura.

Mistura de gente. Mistura de raça. Mistura de vida. Mistura de fase de vida. Mistura de tempo de Cristo. Mistura de tipo de trabalho.

A igreja meus irmãos, quando agente olha desse lado de cá do céu. A igreja é uma grande bagunça.

A igreja é uma grande bagunça.

Gente madura. Gente imatura.

Gente que trabalha e gente que suga.

Gente que dá e gente que pede.

Gente limpa e gente suja.

Gente que está aqui há muito tempo e gente que está acabando de chegar, e gente que ainda não chegou e gente que tem dúvida se vai chegar.

Essa é a igreja.

Por isso quando agente fala: “Ah a igreja!”

A igreja meu irmão. A igreja é uma bagunça. A igreja é uma grande bagunça.

Uma igreja é uma grande bagunça que vai se colocando em ordem nesse grande caos, como?

Quando ela é capaz de beijar com santidade.

Afeto e integridade.

Carinho e caráter.

Isso aí é o chão da igreja.

O resto agente faz em cima .

Mas se é irmão. Um beijo santo.

É através do carinho e do caráter.

Que agente põe ordem nesse caos, e constrói uma comunidade.

Recebendo, tudo é quanto é tipo de gente, beijando com beijo santo.

Que Deus nos ajude a viver assim. Amém!

IMAGENS QUE EXPRESSAM A NOSSA CAMINHADA







A FESTA PREPARADA PELOS NOSSOS JOVENS