terça-feira, 28 de agosto de 2007

RETRATO DE UMA COMUNIDADE

Romanos 16.1-16

Irmãos que texto maravilhoso e lindo de ler num dia como esse, com tantos nomes que o apóstolo Paulo coloca em sua lista de saudações pessoais.

Uma carta de uma profundidade teológica singular, em alguns momentos chamada de carta de Paulo, ou o Evangelho segundo Paulo. Temos os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, e temos o Evangelho de Paulo, que é a carta aos Romanos.

Texto de difícil compreensão. Uma carta profunda em termos de filosofia, teologia.
Uma carta que faz um resgate histórico da história da salvação, mas que termina de maneira tão singela, tão simples.

E de minha parte ao ler esse texto, mais de uma vez, termina de maneira tão afetiva, tão comovente. Retratando a igreja de Jesus Cristo.

Quem é que está aqui presente nesta igreja de Jesus Cristo?

PESSOAS QUE TRABALHAM POR GENTE QUE NEM CONHECEMOS.
PESSOAS QUE TRABALHAM POR NÓS.
PESSOAS QUE SIMPLESMENTE TRABALHAM;
E PESSOAS QUE TRABALHARAM MUITO, E JÁ NÃO TRABALHAM MAIS.

Paulo escreveu esta carta estando em Corinto e a cidade de Cencréia ficava próxima de Corinto, e muito provavelmente essa nossa irmã Febe, diaconisa da igreja de Cencréia é a portadora da carta, ela leva em mãos essa carta de Paulo.

E ele fala a respeito de Febe, que tem sido de grande auxílio para muita gente. Os irmãos de Roma estão conhecendo Febe, naquele exato momento. E Paulo está dizendo esta irmã trabalhou muito, pra gente que vocês nem sabem que existe.

Mas depois o Paulo fala no capítulo 16 no v.6: “Saúdem Maria que trabalhou arduamente por vocês...”

Febe trabalhou por gente que vocês nem conhecem, mas Maria trabalhou por vocês. Gente que nos serviu, direta e pessoalmente.

Depois ele fala no v.12 de Trifena e Trifosa, mulheres que trabalham arduamente no Senhor. Trabalham. Gente que com licença da expressão – “é pau pra toda obra” – sempre disponível, sempre com espírito voluntário, virando a noite – Trifena e Trifosa.

E Paulo fala também de Pérside, no v.12 que trabalhou muito, e já não trabalha mais.

Gente que construiu a comunidade, e que hoje já não tem quase voz na comunidade. Gente que colocou os primeiros tijolos, comprou os primeiros bancos. Gente que cantou os primeiros hinos. Gente que trabalhou muito. E alguns hoje ouvem, e pensam o que é que esses meninos estão fazendo dessa igreja.

Aí está Pérside, aí está Febe, Trifena e Trifos, Maria, gente que trabalha e que trabalhou.

Meu pastor sempre disse que crente que trabalha, não dá trabalho.

A igreja tem gente assim: Que trabalha, não dá trabalho, e trabalha, pára, pelos e por causa dos que dão trabalho.

Essa gente não dá trabalho, trabalha. E cuida de quem dá trabalho. Essa gente está aí, no meio da igreja, no dia a dia da igreja.

QUEM MAIS ESTÁ NA IGREJA?

Áquila e Priscila.

“Que arriscaram a vida por mim...”v.4

Está na igreja também Urbano v.9, é um cooperador. E estão na igreja também, Andrônico e Júnias que estiveram na prisão comigo.

NA IGREJA TEM GENTE QUE SE SACRIFICA POR OUTRAS PESSOAS.
NA IGREJA TEM GENTE QUE SE SOLIDARIZA COM OUTRAS PESSOAS;
E NA IGREJA TEM GENTE QUE COOPERA COM OUTRAS PESSOAS.
NA IGREJA TEM GENTE QUE NÃO SE SACRIFICA JAMAIS!
MAS TEM GENTE QUE ARRISCA A VIDA.
TEM GENTE QUE NÃO SAI DA SUA ZONA DE CONFORTO.
MAS TEM GENTE QUE VAI PRA PRISÃO, FICAR COM O APÓSTOLO PRESO.
TEM GENTE QUE NÃO SE MEXE;
E TEM GENTE QUE CO-OPERA.
TEM GENTE EGOÍSTA, EGOCÊNTRICA;
E TEM GENTE QUE SE AGRUPA, PARA TRABALHAR EM COMUM.

Andrônico e Júnias, Urbano, Áquila e Priscila.

QUEM MAIS TEM NA IGREJA?
Tem Epêneto. Cap. 16 o v.5.

“Saúdem o meu amado Epêneto, que foi o primeiro convertido a Cristo
na província da Ásia...”
Tem gente que viu a igreja nascer. Tem gente que na verdade foi, o próprio fruto do parto que deu origem a igreja.

Quando agente lê a história da igreja, agente lê os primeiros frutos da igreja. Nossos irmãos que foram os primeiros convertidos. Gente como Epêneto, que viu a igreja nascer.

E gente como Andrônico e Júnias cap. 16 v7.

Pessoas que estavam em Cristo antes de mim. E eu aqui mesmo nessa igreja, tem gente que estava em Cristo antes de eu estar em Cristo, e gente que estava em Cristo antes mesmo de eu vir a existir.
Tem gente que anda com Jesus mais tempo do que o tempo que eu tenho de vida. Essa gente está na igreja. Gente que quando nós chegamos com a nossa prepotência, com a nossa arrogância, com a nossa pretensa sapiência, já sabia muito mais. Já tinha feito muito mais.

Gente que acreditou antes de nós. Gente que deu os fundamentos, que preservou a palavra. Gente que preservou a comunidade.

E a igreja vai sobreviver a nós.

Ela existia antes de nós, e vai continuar existindo depois de nós.

A igreja tem gente assim, que viu ela nascer. E eu espero que não exista na igreja do Bandeirantes, alguém que a veja morrer. Tenha gente que a viu nascer, mas não tenha gente que veja morrer.

QUEM MAIS ESTÁ NA IGREJA?

Andrônico e Júnias, meus parentes... Cap.16 v.7.

Andrônico e Júnias meus parentes... pessoas que estão ligadas por laços de família. Como por exemplo no capítulo 16 v.11 – Erodião, meu parente.

Gente ligada por laços de família, como por exemplo no v. 15 , Nereu e sua irmã.

Na igreja tem famílias inteiras, v.10 – “Saúdem os que pertencem a casa de Aristóbulo”... é a casa toda na igreja.

Mas tem também algumas famílias que estão aos pedaços. Partes da família 16.11- “Saúdem os da casa de Narciso que estão no Senhor ...” Porque há alguns da casa de Narciso que ainda não estão no Senhor... mas estarão no Senhor.
E a igreja é assim.

Você fala de um, pro outro, e não sabe que o um de quem você está falando é cunhado do outro, pra quem você está falando.

Casou com a minha prima. Ah! É minha irmã... Sua irmã! Não sabia.

É... então você cuidado com que fala e com quem fala.

Tá falando de um sujeito que é filho dele, que é mãe dele.

Então tome cuidado, porque a igreja tem os seus vínculos de família.

Tem famílias inteiras que compõe uma comunidade.

Tem pessoas que estão aqui na igreja, e só parte de sua família está.

O marido ainda não veio, os filhos já estiveram e não estão mais.

Os filhos nunca vieram. Há pessoas que se converteram, mas os seus pais ainda não se converteram.

São os da casa de Narciso que estão no Senhor.

Agora pro meu coração especialmente.

O trecho mais lindo é o 16.13. “Saúdem Rufo, eleito no Senhor e sua mãe, que tem sido mãe também para mim.”

NA IGREJA NÓS ENCONTRAMOS GENTE QUE SE TORNA SANGUE DO NOSSO SANGUE. GENTE QUE AGENTE RECEBE NA VIDA COMO SE FOSSE DA MESMA FAMÍLIA.

Por isso que a Bíblia diz que “há amigos mais chegados que um irmão”.

Algumas mães que são mais próximas dos que as verdadeiras mães. Alguns pais que são mais próximos do que os verdadeiros pais. Alguns irmãos que são mais próximos do que os verdadeiros irmãos.

Na igreja agente encontra isso. Aqui nessa igreja eu quero encontrar gente assim. Que me receberá como filho e me receberá como irmão.

Gente cuja casa é minha casa. E gente pra quem a minha casa é sua casa.

Pessoas que cuidam e cuidarão dos meus filhos como se fossem seus. E filhos que eu cuido como se fossem meus.

A IGREJA É ASSIM.

Na igreja nós encontramos gente que tem sido mãe também para mim, pai também para mim, irmão também para mim.

Pessoas que estão ligados por laços de família, famílias inteiras, partes de família e pessoas que se tornam como da nossa própria família.

QUEM MAIS ESTÁ NA IGREJA?

Gente boa! Gente de reputação! Qualificada.

“Saúdem a Peles, aprovado em Cristo v.10”

Andrônico e Júnias notáveis entre os apóstolos...

Mas nos v.14 e 15 , também saúdem Azínclito, Flegonte, Hermes, Pátobras, Hermas e os irmãos que estão com eles.

Alguns irmãos eu não conheço, mas se são irmãos que estão com Hermas e Flegonte, também são meus irmãos.

Saúdem Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã e também Olimpas e todos os santos que estão com eles.

São santos que eu não conheço, mas se estão com Filólogo, com Júlia, Nereu e sua irmã, também são santos pra mim.

Há pessoas cuja biografia é tão sublime que Cristo bate o carimbo

Tem gente que os apóstolos autenticam.

E tem gente, que agente não conhece, mas gente que agente conhece, conhece.

Tem pessoas cuja reputação é testemunhada por Cristo.
Pessoas cuja reputação é testemunhada pelos apóstolos e pessoas cuja reputação é testemunhada pelos irmãos. Esta é a igreja.

Quem é o fulano?
Não conheço.
Mas eu conheço , é nosso irmão.
Bom, então é nosso irmão.

Evidentemente que a igreja é composta de gente de má reputação.
Que Cristo não aprova. Os apóstolos não aprovam. E os irmãos não recomendam.
Essa é a igreja!

Mas a igreja, tem gente que Cristo aprova. Os apóstolos aprovam. E os irmãos recomendam.

E a igreja meus irmãos, tem pessoas que simplesmente são nossos irmãos.

A igreja tem Ampliato, meu amado irmão no Senhor.

A igreja tem Estaques, meu amado irmão no Senhor.

Paulo não fala de nada. Fala simplesmente é meu irmão.

A igreja também é assim.

Tem gente a respeito de quem agente não tem nada pra falar. Tudo o que agente sabe, é que é nosso irmão. É filho de quem? Agente não sabe, não conhece os pais. Está aqui há quanto tempo? Agente não sabe, não lembra quando chegou.
É da família de quem? Agente não sabe. Trabalhou e fez o quê? Agente não sabe.
É de boa reputação, ou de má reputação? Agente não sabe.

O que é que agente sabe?

Só sabe que é nosso irmão. Por quê? Porque ta aqui.

Agora, me parece que esse retrato que o apóstolo Paulo no dá, dessa igreja, fala de níveis de relacionamentos, níveis de comprometimento e níveis de vivência cristã.

A igreja tem gente que vai sobreviver, e vai fazer a igreja sobreviver.

A igreja tem gente que se dependesse dela, a igreja morreria.

Mas tem gente que se dependesse dela, a igreja cresceria.

A igreja tem gente, que agente mal conhece.

E a igreja, tem gente que agente conhece e se torna sangue do nosso sangue.

A igreja tem gente de reputação, de caráter, de integridade aprovada e a igreja tem gente chegando, gente crescendo, gente mudando, gente sendo transformada.

A igreja de Jesus é assim.

O que esse texto me mostra é que a igreja de Jesus não é um bloco.

Nós não temos todos a mesma maturidade.

Não temos todos o mesmo compromisso com o evangelho.

Não temos todos o mesmo vínculo com a comunidade.

Não temos todos a mesma história.

Não temos todos os mesmos laços de afeto, de intimidade de amizade.

Eu não tenho nenhuma dificuldade em dizer o seguinte:

Há pessoas que aqui em nossa igreja ainda não tenho nada pra testemunhar.

Há pessoas que vejo, mas não sei quem são.

Há pessoas que são meus irmãos. Somente meus irmãos.

Nunca foram na minha casa, eu nunca fui a sua casa.

Algumas pessoas nós ensaiamos a proximidade.

Passa lá pastor, será um prazer.

Eu digo: Passe lá também. Só que esse lá agente não sabe nem aonde, nem a hora, nem pra quê e nem por quê.

É que agente se despede ou se cumprimenta rapidinho, e aí passa lá.

Tem gente que trabalha muito, e faz coisa que eu nem sei.

Tem gente que intercede de madrugada, anonimamente.

E eu experimento livramento e eu nem sei qual foi a oração respondida que me abençoou naquele dia.

A igreja é assim. Nós precisamos aprender a viver em comunidade.

Viver em Comunidade e andando nessa direção, da densidade do compromisso com o evangelho, da densidade como do compromisso com a comunidade, da densidade dos vínculos entre nós...

Mas não será possível, numa igreja como esta. E eu acredito inclusive não é desejável na Igreja de Jesus Cristo, que nós nos conheçamos a todos, sejamos íntimos de todos, testemunhando tudo, a respeito de todos. Saibamos tudo a respeito de todos. Acompanhamos o trabalho de todos. Cooperemos com todos. Sirvamos a todos. Sejamos servidos por todos.

Se fossemos um Pequeno Grupo, já seria difícil. O que dirá um universo nessa proporção.

Mas isso é a igreja.

Gente que agente não conhece. Gente que faz o que agente não sabe. Gente cuja qualidade agente desconfia.

Mas tem uma coisa que faz de nós comunidade.

É que todos nós somos irmãos.

E que todos os que estão a nossa volta, merecem, são dignos , devem receber um beijo santo.

É isso que o apóstolo Paulo vai dizer pra nós.

Somos diferentes, de origens diferentes, com vínculos diferentes, com maturidades diferentes, com serviços diferentes, freqüentamos casas diferentes.

Somos todos diferentes.

É tudo uma grande diversidade, com núcleos de unidade, mas quando cruzamos no corredor, olhamos uns para os outros e falamos o seguinte: “Olha: Eu posso não saber o seu nome, não sei onde você mora, o que você faz, que vida você tem...

Mas se nós estamos unidos em Cristo Jesus, eu quero lhe dar um beijo santo.

O que quer dizer isso?

Quer dizer afetividade. E quer dizer integridade.

A igreja é o lugar onde não importa quem chegue.

Não importa quem entre. Não importa quem seja. Merece um beijo.

Sabe o que é beijo?

É colocar o lábio, a boca, na face do outro.

É uma face outra cor. É uma face desconhecida. É uma face sem nome. É uma face suada. É uma face com ruge, com blouche, com pó. É uma face com a barba mal feita.

Sabe o que é você colocar a boca na cara do outro?

Dar a cara pro outro colocar a boca?

Sabe o que é um beijo?

É colocar a sua parte íntima, de pureza. E por onde entra tudo o que é tranqueira.

E aí você coloca na cara do outro, que você não sabe quem é.

O que é isso?

É que você não é outro. Você é uma extensão de mim mesmo. Seu corpo, não é outro corpo. Seu corpo não me contamina. Seu corpo não me suja.

Eu não sei que trabalho que você faz. Que família você tem. Quanto tempo você é convertido. De onde você veio.

Mas se você é meu irmão. Se tem alguém que diz: “Esse aqui é nosso irmão”. Então eu beijo você com um beijo santo. É afeto. É carinho. É toque. É acolhimento. É abraço. ISSO É IGREJA.

Agora é santo.

É sem malícia. É sem segundas intenções. Sem interesses escusos. Sem dubiedade. Sem usurpação. Sem invasão. Sem abuso.

Nós não tratamos uns aos outros dependendo da utilidade que eles tem pra nós.

Do ganho que temos em beijá-los.

E sabe irmãos, que nós nem nos tratamos uns aos outros pelo quanto gostamos de beijar. Nós simplesmente beijamos, com beijo santo.

Porque o que nos une é o Senhor.

Nós não somos unidos pela nossa história. Não somos unidos pelo nosso trabalho, não somos unidos pela nossa maturidade, não somos unidos pela importância que temos na comunidade. Não somos unidos pelo nosso sobrenome. Não somos unidos pelos laços de família.

Não somos unidos pelos nossos antepassados que legaram a nós uma comunidade, eu tenho mais direitos do que vocês...

Nós somos unidos pelo Senhor.

E não importa quem sejamos. De onde viemos. O que fazemos.

Se estamos em Cristo Jesus, nos tratemos todos como AMADOS IRMÃOS.
E A TODOS DEMOS UM BEIJO SANTO, PORQUE ESTÁ É A IGREJA.

Mas este irmão é carnal! Dê nele um beijo Santo.

Esse sujeito aqui, eu não conheço, nunca vi ! Dê nele um beijo santo.

Isto é Igreja.

Nós vamos nos achegando e eu faço algumas visitas e chego numa casa, onde nunca fui, sou apresentado pra gente que nunca vi. Como numa tigela, numa colher, um doce que foi feito só porque souberam que eu ia lá.

Isso é Igreja.

Parece que nós estamos juntos a muito tempo.

E na verdade meus queridos, nós estamos.

Porque a Bíblia diz que “Deus nos escolheu em Cristo Jesus antes da fundação do mundo”.

Aquele que chegou aqui na igreja a um mês, e aquele que está aqui há dezesseis anos, são um em Cristo Jesus, desde a eternidade.

O nosso grande desafio é agente conseguir historificar, essa experiência. De dizer: Eu e você somos um. E eu quero dar em você um beijo santo.

Não sei o que você faz. Não sei direito quem você é. Não sei direito nem mesmo o seu nome. Se você é casado ou se tem filhos. Não sei há quanto tempo você se converteu, e quão sério você leva Jesus em sua vida. Não sei que compromisso você tem com essa comunidade. Mas nós somos um em Cristo Jesus, então você é objeto do meu afeto e do meu beijo. E você é digno da minha integridade e do meu respeito. Porque nós somos um em Cristo Jesus.

Eu louvo a Deus porque aqui na IBAND nós temos muitas Febes, Marias, Trifenas e Trifosas, Pérsides. Temos Áquilas e Priscilas, Andrônicos e Júnias. Temos Urbanos, Epênetos. Temos Herodiões, Aristóbulos. Temos Narcisos. Temos Rufos. Temos as mães de Rufo, também aqui entre nós. Temos Apeles. Temos Filólogos, Hermas, Pástobras, Júlias, Nereus e Olimpas. Temos Asíncritos. Temos Flegontes. Temos Hermes. Temos Amplíatos e Temos Estaques.

E eu não sei como tem mãe que não sabe que nome por no filho.

A igreja é assim.

A igreja é essa mistura.

Mistura de gente. Mistura de raça. Mistura de vida. Mistura de fase de vida. Mistura de tempo de Cristo. Mistura de tipo de trabalho.

A igreja meus irmãos, quando agente olha desse lado de cá do céu. A igreja é uma grande bagunça.

A igreja é uma grande bagunça.

Gente madura. Gente imatura.

Gente que trabalha e gente que suga.

Gente que dá e gente que pede.

Gente limpa e gente suja.

Gente que está aqui há muito tempo e gente que está acabando de chegar, e gente que ainda não chegou e gente que tem dúvida se vai chegar.

Essa é a igreja.

Por isso quando agente fala: “Ah a igreja!”

A igreja meu irmão. A igreja é uma bagunça. A igreja é uma grande bagunça.

Uma igreja é uma grande bagunça que vai se colocando em ordem nesse grande caos, como?

Quando ela é capaz de beijar com santidade.

Afeto e integridade.

Carinho e caráter.

Isso aí é o chão da igreja.

O resto agente faz em cima .

Mas se é irmão. Um beijo santo.

É através do carinho e do caráter.

Que agente põe ordem nesse caos, e constrói uma comunidade.

Recebendo, tudo é quanto é tipo de gente, beijando com beijo santo.

Que Deus nos ajude a viver assim. Amém!